Mais previsões: O tempo Lisboa
Mais de 222 mil pessoas não tem casa própria no Espírito Santo
RCM | Pedro Canário
Publicado em 27/09/2019

Clique no player(OUVIR RÁDIO) acima e ouça a nossa programação.

Seja bem-vido(a)!

Déficit habitacional de 222 mil pessoas no ES é debatido na Ales

Alternativas ao déficit habitacional no Espírito Santo foram debatidas nesta quinta-feira (26), na Assembleia Legislativa (Ales).

De acordo com pesquisa da Fundação Jones dos Santos Neves divulgada em 2017, com dados referentes a 2016 (número mais recente), do total de famílias no CadÚnico no Espírito Santo, cerca de 20% estavam em situação de déficit habitacional. A porcentagem correspondia, na época, a 222.762 pessoas.

De acordo com pesquisa, o déficit habitacional no estado é predominantemente urbano, em especial, na Região Metropolitana. Os maiores indicadores são dos municípios onde a concentração de população está acima de 100 mil habitantes.

Quatro dos municípios metropolitanos estão nas primeiras posições do ranking de maior déficit habitacional do estado relativo aos registros de famílias: Serra (15,33%), Vila Velha (11,16%), Vitória (8,55%) e Cariacica (7,70%). Em seguida vêm os municípios de Linhares (5,82%), Cachoeiro do Itapemirim (4,22%) e Colatina em 7º (3,89%).

A Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (Coinfra-ES) recebeu o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Luiz Paulo Vellozo Lucas.

Para o presidente da Coinfra-ES, deputado Marcelo Santos, a presença de Luiz Paulo foi fundamental para o debate. “Ele é uma figura importante aqui no estado que fez um debate bacana sobre o modelo de habitação social impostos pelo governo federal, que precisa ser remodelado”, afirma.

A discussão focou nas dez microrregiões do estado e na melhor maneira de aplicar os investimentos previstos para os próximos anos, de forma que cheguem a esses locais e produza bons resultados.

Para o diretor-presidente do IJSN, completar e corrigir a infraestrutura urbana são os maiores desafio no Brasil. “Para a gente enfrentar esses nossos déficits, que sejam feitos projetos multissetoriais e integrados, de modo a dar efetividade a essas intervenções”, ressalta.

Vellozo ainda se auto-intitula um ‘municipalista radical’. “Eu acho que a maioria das reformas que o Brasil precisa são vinculadas a descentralização. É preciso ter liberdade para que modelos mais adaptados a cada realidade regional, sejam desenvolvidos. Essa diversidade regional no Brasil exija que se tenha flexibilidade para modelos regionalmente adaptados”, disse.

Durante o debate foi esclarecido que o estado possui dinheiro em caixa e que a Comissão pretende fazer com que ele seja bem utilizado.

 

“Não é por falta de recurso que o estado vai deixar de fazer investimento. Nós temos recursos que precisam de bons projetos, que já possuem cidades planejadas, principalmente se o planejamento for dentro da microrregião. O estado terá uma capacidade muito melhor e maior de investir nessas microrregiões, promovendo assim de forma regular o desenvolvimento de todo o estado do Espírito Santo”, disse Marcelo Santos.

Conteúdo original: eshoje.com.br - Foto ALES: Bárbara Grecco

 

Comentários