Pedro Canário (ES)
O município canariense está a dois passos da realização de sonhos históricos em sua sede
Por Adison Kfu* – 31/07/2019
Certo dia, lá num passado bem distante, conversando com um sábio cidadão de Pedro Canário sobre o mandato de um determinado Prefeito, ele me disse: “Amigo, esse é o tempo do atual prefeito, não adianta os opositores ficarem chorando ou lamentando – é o tempo dele”. Finalizou sorrindo.
Baseando nessa reflexão, que no meu ponto de vista, é a mais correta para o tema, passei a seguir as palavras do sábio, e até os dias atuais mantenho o meu pensamento igual ao dele, compreendendo que eventuais mudanças só depois de quatro anos e ponto final.
O comentário acima serve como introdução para o assunto principal, que é o título deste textão, pois irá melhor exemplificar o que começo agora.
Visitei Pedro Canário recentemente e tive o privilégio de conversar com pessoas que se situam dos dois lados da corrente política que detém o poder sobre o executivo municipal. Entre os debates acirrados, meus questionamentos e as minhas análises, percebi facilmente que, caso o Prefeito Bruno Araújo continue administrando o município da maneira como está, e consiga concretizar as obras e intervenções que estão planejadas, e outras já em curso, dificilmente perderá a próxima eleição em 2020, caso seja candidato à reeleição.
Obras como a urbanização da Lagoa Central e o asfaltamento da área comercial na SEDE, caso aconteçam, serão como tiros de misericórdias nas eventuais concorrências que já começaram a ser formadas nos bastidores da política local.
A urbanização da “Lagoa Central”(é assim que gosto de chamá-la, pois a população não foi ouvida quando optaram por nomeá-la em homenagem ao naturalista), que é sonhada por todos nós munícipes, será a marca registrada do mandato do atual Prefeito, que neste caso, fará história deixando o seu nome para a posteridade no município - mesmo sabendo eu que, em outros cantos do país, uma obra dessa é coisa corriqueira, mas no caso canariense é fenomenal, pois os outros prefeitos não tiveram a sorte de tê-la feito. Por outro lado, caso não cumpra o que vem anunciando aos quatro ventos, não conseguirá ganhar a eleição nem para vereador, caso tente.
É assim que a banda deverá tocar nos próximos meses no município e até a próxima eleição no final do ano que vem. Como exemplifiquei no início do meu texto, respeito os mandatos conquistados democraticamente, mas como cidadão, mesmo não votando nos eleitos, tenho a obrigação de VIGIAR, COBRAR, PARABENIZAR ou DENUNCIAR, caso as coisas não saiam dentro da legalidade e da moralidade, independente de quem quer que esteja cumprindo seu mandato.
Sei que estou correndo o risco de ser taxado com vários títulos após a exposição desta minha opinião, mas o que sempre me preocupou e continuará me preocupando, é o desenvolvimento do nosso município e do nosso povo.
Presença no processo de libertação canariense
Gostaria de lembrar ao leitor, que nasci em Pedro Canário, e participei ainda na minha juventude, do processo da nossa emancipação de Conceição da Barra – lembro como hoje, os dias em que nós, os jovens canarienses, invadimos Conceição da Barra, Braço do Rio e Cristal do Norte, para mostrar a nossa força, e principalmente, deixar claro o descontentamento em pertencer ao então município barrense.
Experiência na política partidária canariense
Acompanho a política partidária em nossa terra desde minha adolescência(sempre gostei do tema), isso iniciou evidentemente, nos tempos em que éramos distrito barrense, mais precisamente, a partir dos Prefeitos Oríbes Storch, Humberto Serra, Dr. Aluísio, Chicô, etc. Nunca errei o resultado de uma eleição no município, mesmo que eu não vote no vencedor ou até dispute o cargo com ele, e depois das redes sociais, quem me acompanha sabe que, inclusive, divulgo bem antes quem vai vencer.
Os três 'mosquiteiros' e o sonho realizado
Em 2003, reunidos na antiga loja "Procampo Veterinária", no centro da cidade, eu, Ronaldo Feliciano e João Sula, chegamos à conclusão que o nosso município precisava romper com os dois grupos políticos que se alternavam no poder desde a emancipação em 1983. Após esta reunião até informal, começamos uma série de encontros com outros amigos comerciantes e jovens lideranças da época.
Lá pelo terceiro encontro, que aconteciam sempre na residência de Ronaldo Feliciano, chegamos à conclusão que precisaríamos fazer um novo grupo político no município e disputar a eleição seguinte. Estrategicamente, João Sula contactou o ex-vereador de São Mateus/ES, Sr. Edío Miranda(PSB), para fazer uma palestra e nos indicar, por sua experiência política, qual o caminho que teríamos que tomar para que pudéssemos alcançar nosso objetivo, que era libertar o nosso povo sofrido das garras dos líderes dos dois grupos historicamente dominantes. Várias reuniões depois, começamos a escolher nomes da cidade para que pudessem encabeçar a chapa majoritária e ser o nosso candidato a Prefeito. Muitos nomes apareceram, mas o que tomou forma foi o do ‘Dr. Fiorot’, que acabou sendo o nome escolhido e que veio a disputar a eleição, concretizando assim, a nossa primeira conquista. Como a história registra, ele foi derrotado por Chicô, mas obteve uma excelente votação mesmo assim. Como a história registra também, nosso projeto inicial obteve êxito, pois Fiorot acabou sendo Prefeito por dois momentos, e na sequência, o “Bruno Araújo” é o chefe do executivo hoje, rompendo assim o histórico domínio. Muitas outras coisas aconteceram neste período que mostrei acima, mas o mais importante é o que estou informando neste texto.
Dificilmente, por vários motivos, os líderes dos antigos grupos voltarão a exercer cargos de Prefeitos no município. O trabalho que fizermos, foi uma luta árdua, e para manter nosso projeto em atividade constante, eu, Ronaldo Feliciano e João Sula, procuramos à nossa moda, estar sempre envolvidos com a política local, e como alguns sabem, fui candidato a Prefeito em 2008 e Deputado Estadual em 2010; Ronaldo Feliciano também procurou se manter nas disputas como Vereador, Prefeito e Deputado Estadual; João Sula desde então, disputou todas as eleições para o cargo de Vereador e conseguiu se eleger uma vez – certamente tentará o ano que vem e deverá ser eleito.
E por fim, A ERA DE BRUNO ARAÚJO(?)
Creio que a esta altura, você já deve ter percebido o motivo que me levou a colocar uma interrogação no final do título principal deste texto.
Uma disputa eleitoral é feita de vários aspectos, e um destes, é a articulação política de bastidores. Digo isto em função das alianças políticas que começaram a ser desenhadas no município, onde um dos pré-candidatos principais já começou a encostar no líder de um dos antigos grupos, e o outro, já se aproximando do líder do outro. Caso as conversas continuem nesses patamares e cheguem até as eleições 2020, corremos o risco de ver todo um trabalho inciado a tanto tempo, ir para o ralo, com os dois antigos grupos sendo ressuscitados e se fixando novamente nas entranhas da Prefeitura Municipal – como nos velhos tempos.
O Prefeito atual tem todas as condições de se reeleger, como citei no início, mas aos meus humildes olhos, ele correrá o risco também de, em vez de fazer a ERA DO BRUNO, fazer o RETORNO DOS DE SEMPRE, PARTE 285.000'. Duzentos e oitenta e cinco mil vezes? Puts!
O que eu e os demais canarienses estamos esperando, é que o nosso município continue avançando em todos os aspectos positivos, e principalmente, tendo os seus quadros políticos renovados a cada período eleitoral.
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